sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

procurando espaço

esvaziei o armário de aço da re, que agora, devidamente graduada e empregada, vai tentar a vida de república em outra cidade, com outras amigas. e fui atrás de lugar para guardar os meus guardados.

durante os outros dias da semana, andei por lojas onlines e outras bem reais à procura de um armário para comprar. acabei decidindo espalhar as coisas pela casa.

os enfeites foram para o móvel da televisão, os materiais da faculdade, para junto de seus iguais no cafufo (é, cafufo mesmo, amplamente conhecido pelos frequentadores de minha casa, é uma despensa/quarto de empregada/anexo da área de serviço, onde ficam minha escrivaninha e meus artesanatos), e os aleatórios ainda estão depositados por aqui e ali, aguardando classificação.

percebi que ainda mantenho e preciso das caixas de recordações, que, sem perceber, eu vou enchendo de papel de chocolate, bilhetes de viagens, mensagens de amigos, e tíquetes de cinema. e tudo isso para depois selecionar e colar no meu caderno de recordações, que já deve ter bem umas 100 páginas dedicadas às pequenezas destes meus dias.

os papéis para montar cadernos eu juntei todos na caixa lilás, junto com as capas que eu tinha cortado, e os adesivos, e os envelopes. para isso, finalmente me desfiz de um outro passatempo já abandonado na prática, mas que ocupava bastante espaço no cafufo e nas minhas caixas: os chaveiros de EVA.

encontrei uns disquetes, e neles alguns arquivos do começo da faculdade. mandei para a martha, e me diverti em pensar que comecei a faculdade apresentando e entregando trabalhos salvos em disquete. hoje, a maioria dos computadores que se compra nem sequer dispõem de leitor para tal antiguidade.

nos disquetes, encontrei também algumas edições do jornal do colégio que eu editava enquanto monitora de português, e achei que mandei muito bem. ou estou mais tolerante, porque vi e até gostei da carinha dos arquivos. deu orgulho, e isso geralmente não é o que acontece quando revejo antigos trabalhos.

encontrei coisas perdidas, joguei fora outras que perderam o sentido com o tempo. mas senti que fui eu mesma que acabei me perdendo no meio de tantos achados.

que 2009 seja espaço para boas lembranças!

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